
Suzano aterroriza vida de nativos quilombolas e agricultores que pedem socorro às autoridades
Franedir Gois
22 de fevereiro de 2024Franedir Gois/Riquezanossa
Nas suas plataformas a Suzano Papel Celulose afirma que seu compromisso visa apoiar a evolução das soluções baseadas na natureza e mobilizar a comunidade de restauração global.
Referência em sustentabilidade e em inovação, a Suzano é a única companhia brasileira a integrar o grupo. “Nós temos como Propósito Organizacional ‘Renovar a vida a partir da árvore’, por isso, as metas propostas pela 1t.org e nosso engajamento nesta iniciativa estão totalmente alinhados com os objetivos de longo prazo da empresa”. Assim fala a direção.
Um dos objetivos de longo prazo da Suzano é reduzir a pobreza tirando mais de 200 mil pessoas da linha de pobreza nas áreas em que atua.
A receita líquida da Suzano no último trimestre de 2023 foi de R$ 9,16 bilhões, queda de 20% ano a ano, refletindo sobretudo a queda nos preços internacionais da celulose. Hoje, a Suzano possui 975 mil hectares de áreas destinadas à conservação sob sua responsabilidade, além de aproximadamente 1,4 milhão de hectares de áreas plantadas com árvores de eucalipto.
Enquanto as plataformas da empresa admitem na teoria que tudo está bem, vemos que, na vida real as pessoas sofrem com o descaso e a destruição que estão causando.
A Comunidade Quilombola de Volta Miúda possui uma área de 6595 hectares em seu Território e, segundo moradores, menos de 9% dessa área o nativo pode plantar ou lutar pela sobrevivência, porque o restante é só de plantio de eucalipto. Mesmo no espaço pequeno para lavoura, os nativos são prejudicados por conta da destruição das estradas no transporte da madeira com os hexatrens.
O agricultor planta com toda dificuldade e ainda se vê prejudicado em vender o produto. Estradas intrafegáveis que não dão condições de chegar até as feiras nas cidades vizinhas. Assim a produção do agricultor estraga e ele fica no grande prejuízo.
Plantadores de melancia sofrem com grandes prejuízos em não poder vender seu produto por conta de estradas destruídas pela Suzano e caminhoneiros não se atrevem a chegar até o lugar do plantio, causando danos grandiosos para os proprietários.
Moradores apelam para as autoridades constituídas pedindo ajuda. Uma vez que a Suzano destrói tudo é necessário que os órgãos governamentais tomem providências. A Associação Quilombola de Volta Miúda, junto com outras instituições já entregaram nas mãos do governador Jerônimo um documentário pedindo o asfaltamento de 32 km da estrada conhecida como Maria Mil Réis que liga a BR 101 à BA 418, um trecho que ligaria Teixeira de Freitas à Juerana facilitando o tráfego de munícipes de Mucuri, Nova Viçosa e Caravelas. Isso facilitaria a vida de todos.
Documentos enviado ao governador