Quilombolas de Volta Miúda encerram 2024 comemorando várias ações positivas para a comunidade

Franedir Gois/Riquezanossa

A Associação de Produtores Remanescentes Quilombolas de Volta Miúda, Caravelas, Bahia realizou a tradicional festa de fim de ano na comunidade, em Volta Miúda. 15 de dezembro, XIV encontro, um dia especial onde Volta Miúda recebeu muitos visitantes, nativos e parceiros representados pelos organismos de educação, tais como UFSB, UNEB, ICMbio, autoridades constituídas, turistas, dentre outras. Muita festa, alegria e aconchego entre famílias e amigos.

Os Quilombos surgiram em meados do século XVI e foram resultado da resistência dos africanos escravizados. Esses escravos eram trazidos ao Brasil por meio do tráfico negreiro e usados aqui, principalmente, na produção do açúcar. A crueldade da escravidão, marcada por agressões físicas, trabalho extenuante, má alimentação etc., motivava a resistência escrava.

O presidente Célio Pinheiro Leocádio teve a oportunidade de fazer um resumo do ano, envolvendo o RTID (relatório técnico de identificação e delimitação) da comunidade, os documentos conquistados e as grandes ações que foram realizadas ao longo do ano.

O presidente também apresentou a juventude que a partir de agora vai trabalhar unida com a comunidade trazendo valores e melhorias. Jovens destemidos com vontade de fazer valer os valores e riquezas da comunidade.

Célio Leocádio falou dos grandes desafios e das dificuldades mediante as condições para a realização de um evento, afirmando que é possível por conta das parcerias e amigos que sempre ajudam.

Na celebração estiveram presentes pessoas que vieram de várias comunidades da região, além de muitos anciões que marcam presença a cada ano.

Para manter a tradição foram realizadas a dança do bate barriga, samba de viola, capoeira, cantigas em Nagô, com dona Brasília e seu Brasílio.