
Mouros e cristãos de Rancho Alegre e Helvécia
Franedir Gois
08 de fevereiro de 2023Franedir Gois/Riquezanossa
Cada ano os nativos se reúnem para celebrar a tradição, para manter viva a cultura que há tempo vem perdendo sua força. Um movimento que se estende de geração para geração, passando de pai para filho, mas sempre presente na comunidade.
Os adereços são confeccionados, outros são comprados, onde a própria comunidade se organiza para que no dia da celebração tudo corra bem. Apitos, uniformes, espingardas, espadas, bonés, instrumentos da batucada e a comunidade presente para celebrar, conforme o costume.
Os povos ibéricos cristãos (intolerantes aos “infiéis” muçulmanos) mantiveram o controle sobre as Astúrias (norte da península), e a partir dali passaram a lutar contra os invasores, no processo que ficou conhecido como Guerra da Reconquista.
A festa é celebrada sempre no dia 20 de janeiro de cada ano, no povoado baiano de Rancho Alegre e Helvécia e em várias outras cidades da Bahia. Esta festa se caracteriza pela intensa participação dos nativos, a população nascida na região, formada por descendentes de portugueses e índios e negros.
Portanto, a origem da história está ligada a Portugal, sendo uma simbólica representação histórica da luta travada entre o imperador do Ocidente, Carlos Magno, coroado pelo Papa Leão 2, e os Mouros que invadiram a Península Ibérica, com a pretensão de forçar os Cristãos a aderirem à religião maometana.