3º Congresso de Extensão Universitária da UNEB – 28, 29 e 30 de maio, no Campus X

Franedir Gois
03 de junho de 2025
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Franedir Gois/Riquezanossa

A Universidade do Estado da Bahia (UNEB), maior instituição pública de ensino superior da Bahia, fundada em 1983 e mantida pelo governo estadual por intermédio da Secretaria da Educação (SEC), está presente geograficamente em todas as regiões baianas, estruturada no sistema multicampi.

Entre os dias 28, 29 e 30 de maio, o Campus X, em Teixeira de Freitas foi palco do maior evento de Extensão da Universidade. No 3º CEU da UNEB, cada canto foi preparado com carinho e afeto para acolher todos os participantes. As redes espalhadas pelo Campus, os bancos decorativos e os espaços de convivência mostram o cuidado em proporcionar conforto e aconchego. Até nas refeições os detalhes fizeram a diferença, tudo foi pensado para que o CEU fosse uma verdadeira vivência de acolhimento, troca e pertencimento.

A abertura do evento contou com a presença da Reitora Adriana Marmori, da Vice-Reitora, Dayse Lago e da Pró-reitora de Extensão Rosane Vieira, diretores (as) de diversos campi da UNEB, bem como professores (as), discentes, técnicos e comunidade externa.

O CEU é, acima de tudo, uma celebração da potência que nasce quando a universidade e a comunidade se unem. Iniciativas como essa reafirmam o compromisso com a transformação social, com os saberes construídos em diálogo com os territórios, com as identidades e com toda a diversidade que compõe a nossa sociedade e em particular o Território Extremo Sul da Bahia.

A presença da reitora marcou o início de um evento que celebra a extensão como dimensão fundamental da formação acadêmica e do diálogo com a sociedade.  Sua potente fala traz: “Abrimos o III Congresso de Extensão Universitária (CEU) da UNEB em uma grande roda ancestral, celebrando as sacralidades, giras e giros da Extensão que ecoam em todos os territórios da nossa multicampia. Em Teixeira de Freitas, vivemos um momento profundo de conexão e escuta com nossa comunidade acadêmica e os povos e comunidades tradicionais que caminham com a UNEB. Honramos os saberes que brotam da terra, da arte, da luta e da ancestralidade. Prestigiamos ainda a Feira Agroecológica, lançamentos de livros e apresentações artísticas. A Extensão é esse movimento contínuo de troca, de presença e de transformação. Seguimos de mãos dadas, girando com coragem para mudar”! Adriana Marmori.

Esse grande evento marcou a educação baiana presente no Extremo Sul da Bahia, em Teixeira de Freitas, representada por todos os Campus Universitários da UNEB envolvendo indígenas, quilombolas, ribeirinhos, movimentos sociais, estudantes, comunidades periféricas, assentamentos e agricultura familiar. A UNEB/Campus X tornou-se, nesses três dias, a capital do saber de todo o Estado.

INDÍGENAS: Marcaram presença os indígenas de Montinho (Guaxuma), Boca de Mata e Barra Velha e Aldeia Cahy.

QUILOMBOS: Helvécia, Volta Miúda e Rio do Sul, dentre outras comunidades da região.

ASSENTAMENTOS: Jacy Rocha, Bela Manhã e outros da região.

O primeiro dia, vivenciando a potência dos povos ancestrais através de manifestações que nos relembram que somos uma universidade de todos. Na abertura oficial houve o experimento e a conexão entre saberes, culturas e territórios.

A programação do dia 28 seguiu com rodas de extensão, oficinas, painéis e momentos culturais que expressam a diversidade e a força da extensão universitária.

Espaço das Rodas e Trabalhos – Campus X:

– Universidade Aberta à Terceira Idade.

– Brinquedotecas Universitárias.

– Espaço Escola Municipal João Mendonça – “Quando a palavra passa pelo corpo: Poéticas Orais, música e teatro”.

– Programa Arboretum – “Práticas Integrativas Complementares à Saúde”.

– Espaço EDUNEB Campus X – “Lançamento de Livros no III CEU”.

 Noite Literária no CEU/UNEB

Um momento de celebração à produção acadêmica, à literatura e às múltiplas vozes que ecoam saberes, vivências e resistências.
– Antiga estrada pra aquele rosto – Almi Cista Junior
– Uma práxis humanizadora com crianças – Lormina Barreto Neto
– Cirandas e rodopios: revisitando a cultura popular na terceira idade – Enelita de Sousa Freitas
– Bruxa Chica, uma bruxinha da caatinga e A princesa Juju e o menino Davi – Núbia Paiva
– Estudos de gênero: diálogos, perspectivas e possibilidades – Cláudia Maria de Farias, Júlio Cláudio da Silva e Joceneide Cunha dos Santos
– Políticas públicas para a educação e práticas educativas: textos e contextos – Ariosvaldo Alves Gomes, Cleideni Alves do Nascimento Acco e Minervina Joseli Espíndola Reis

Uma noite linda de afetos, reflexões e reconhecimento das diversas formas de produzir conhecimento, arte.  No final da noite, os(as) congressistas foram recebidos(as) com um maravilhoso jantar no Campus X da UNEB, embalado pela delicadeza e força do som do grupo Flor de Açucena (UATI/CEVITI).

A Feira Agroecológica, onde se encontram representantes dos diversos municípios do Extremo Sul, que trazem seus produtos da terra que engrandecem a força da Mãe Terra, a arte e a cultura por meio de artesanato e outros tantos produtos a serem comercializados, se constituiu como o ponto de encontro, trocas, acolhimento dos participantes do III CEU. Essa Feira já existe há quase dez anos e a cada mês esses (as) feirantes se reúnem para aquecer o comércio, mostrar a força do campo e aquecer a fraternidade entre irmãos que se alegram quando se reúnem como família.

29/05. O segundo dia do III CEU foi marcado por oficinas, interferências artísticas, mostras audiovisuais, exposições, lançamento de livros, espetáculos de música e teatro. Artistas de diferentes territórios de identidade da Bahia ocupando diversos espaços em Teixeira de Freitas.

A Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) da UNEB, em parceria com a Secretaria de Cultura (SECULT) do Governo do Estado da Bahia anunciou a atração que realizará o show de encerramento do III Congresso de Extensão Universitária da UNEB (CEU/UNEB): a IFÁ, banda de Afrobeat de Salvador/BA.

O grupo Ifá une as raízes afro-brasileiras com sonoridades do afrobeat e de outras influências rítmicas e sonoras. Uma experiência musical que transcende barreiras culturais, conectando diversos públicos de forma dançante, e apresenta repertório autoral inspirado na diversidade musical de matrizes africanas e suas conexões com a Bahia contemporânea. Estamos ansiosos para fechar o Congresso em Teixeira de Freitas com uma noite inesquecível trazendo um repertório variado da música afro-baiana!

– A inauguração do prédio da Pós-Graduação já é uma grande conquista e merece ser comemorada! Mas também seria ótimo se viesse acompanhada do anúncio de novos cursos de Mestrado. Ampliar as opções de formação é um passo importante para fortalecer a pesquisa, abrir novas oportunidades e atender aos sonhos de muita gente que quer continuar estudando e se qualificando. Que esse novo espaço seja só o começo de muitas boas novas!! VIVA A UNIVERSIDADE PÚBLICA, VIVA A UNEB!!

_Espaço Zé da Baiana – Campus X –

“Intervenção Urbana: Samba Coco/Embolada Caraximbola”.

“Histórias e Musicalidades”.

“Akuã Pataxó e Marujos Pataxó”.

“Banda Açucena (CEVITI/UATI)”.

“Apresentação Musical Viagem Minas Bahia, Leandro de Deus”.

Tiveram atividades nas Comunidades Remanescentes Quilombolas Helvécia e Volta Miúda

30/05. O terceiro dia do III CEU marcado por oficinas, interferências, artistas de diferentes territórios de identidade da Bahia ocupando diversos espaços em Teixeira de Freitas.

– Interferência Artística – “Entre Corpos e Flags – Número Circense” e “SLAM Marginal e Não Cale a Arte”.

_ Exposições – “Anatomia e Arte: Perspectivas de Representação do Corpo”

“Exposição Narrativas Fotográficas: Fé, Alimento e Sustento”.

“Exposição Cores do Sertão – “O Sertão Noturno”.

– Atividades da Comunidade Kaí Pataxó – Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto.

Tivemos a apresentação do Grupo Umbandaum, Jardineiros do mar, que trouxe encantamento para todos que assistiram.

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