
Padre Paulo Sérgio apresenta a devoção a Santa Irene de Roma na Paróquia de São Sebastião
Franedir Gois
23 de janeiro de 2024Franedir Gois/Riquezanossa
Uma nova devoção é apresentada na Paróquia de São Sebastião, em Teixeira de Freitas. Padre Paulo Sérgio fala dessa nova devoção na paróquia.
Santa Irene de Roma era uma mulher cristã no Império Romano durante o reinado de Diocleciano. Ela era a esposa de São Cástulo. Segundo a lenda cristã, ela atendeu São Sebastião depois que ele foi ferido por arqueiros mauritanos.
Irene era a esposa de São Cástulo que, segundo a tradição, estava a serviço do imperador romano. Mais tarde, ela ficou viúva quando Cástulo foi martirizado por praticar o Cristianismo e converter outras pessoas à religião. Após a morte de seu marido, Irene continuou a ser ativa na comunidade cristã em Roma. Segundo a hagiografia, quando São Sebastião foi atingido por flechas por praticar o cristianismo, Irene cuidou de suas feridas.
No século IV, época do imperador romano Diocleciano, considerado o mais sanguinário perseguidor dos cristãos, era proibido que as pessoas portassem ou guardassem escritos que pregassem o cristianismo. Todos os livros deviam ser entregues às autoridades para serem queimados. Irene, ainda jovem, junto com suas irmãs Ágape e Quilônia, pertenciam à uma família pagã da Tessalônica, Grécia, mas se converteram e possuíam vários livros da Sagrada Escritura, pois passaram a pregar o cristianismo.
As três irmãs foram denunciadas e em sua casa foram encontradas várias Bíblias, por isso passaram a ser perseguidas, para serem levadas ao interrogatório diante do governador da Macedônia, Dulcério. Deveriam, como os demais cristãos, submeter-se ao intenso interrogatório, para renegarem a fé em Cristo. Mas só se salvariam se idolatrassem os falsos deuses, oferecendo publicamente comida e incenso a eles, e queimando as suas Bíblias. Quando os cristãos se negavam a renunciar a sua fé, geralmente eram queimados vivos, junto com a Bíblia.
Ágape e Quilônia foram encontradas antes. Presas e interrogadas, negaram-se a adorar os falsos deuses e confirmaram sua fé. Por isso foram queimadas vivas. O Martirológio Romano as reverencia dois dias antes.
Entretanto, Irene, que havia escondido grande parte dos livros cristãos em sua casa, conseguiu fugir para as montanhas, mas foi encontrada no dia do martírio das suas irmãs, levada a um prostíbulo para ser violada e, depois, presa. Lá, porém, por uma graça, ninguém a tocou. Irene foi, então, submetida a interrogatório, manteve-se firme em sua profissão de fé. Condenada pelo governador Dulcério, foi entregue aos carrascos, que lhe tiraram a roupa, expuseram-na à vergonha pública e depois também a queimaram viva.
O culto a santa Irene ainda é muito intenso no Oriente e no Ocidente, e se perpetuou até os nossos dias pelo seu exemplo de santa mártir, bem como pela tradição de seu nome, que em grego significa “paz”, e é muito difundido em todo o planeta, principalmente entre os povos cristãos. A festa de santa Irene acontece em 5 de abril, dia em que recebeu a palma do martírio pela fé em Cristo, no ano 304.